sexta-feira, 19 de março de 2021

O CRISTIANISMO E O SOCIALISMO COMO MEIOS DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

 QUAL A INFLUENCIA DO CRISTIANISMO NA ORGANIZAÇÃO SOCIAL QUE CONTRIBUIU PARA FORMAÇÃO DE IMPORTANTES LIDERANÇAS POLITICAS E SOCIAIS.

O cristianismo é uma das filosofias religiosas mais importantes e bonitas do mundo Jesus Cristo pregava a igualdade e a justiça e mais que isso o amor ao próximo para falar um pouco da sua história e da influencia do cristianismo mais diretamente da igreja católica nosso Blog conversou com Simão Pedro filósofo e mestre em sociologia, foi deputado estadual pelo PT/SP e secretário de serviços da gestão Haddad na prefeitura de São Paulo, Morador da  zona leste de São Paulo no Bairro aa Vila Carrão que nos relata um pouco da sua história e caminhada junto ao Cristianismo e como influencio sua vida confira.





Márcio, eu venho de uma família católica, descendentes de italianos que vieram para o Brasil no final do século XIX para trabalhar nas lavouras de café no interior de São Paulo e que migraram para o norte do Paraná no final dos anos 30 do século passado, onde nasci. Meu nome é uma homenagem dos meus pais ao apóstolo Pedro que tinha o nome de Simão e foi apelidado Pedro por Jesus. Eu tenho orgulho: pescador rude, mas de uma fé muito forte em Jesus, que fraquejou ao negar ser do grupo de Jesus mas que depois foi fundamental na difusão de seu nome e na firmação das primeiras comunidades cristãs, ao lado dos outros e de Paulo. Morando no sítio, as atividades religiosas se baseavam em ir em terços, ouvir missas pelo rádio, mas meus pais conheciam muito do catecismo e foram importantes na nossa formação ética, moral e religiosa, enfatizando a importância de princípios como a família, falar a verdade, a solidariedade aos que sofrem e aos pobres, o trabalho etc. Mas, a gente tinha um certo medo de Deus, figura criadora mas punitiva aos pecados que cometemos. 






Mas foi aqui na periferia de São Paulo, para onde migrei com minha família em meados dos anos 70, que tomei contato com uma Igreja mais viva, comunitária, que nos apresentava um Deus humano e acolhedor e um Jesus que era como um amigo e irmão que estava do nosso lado nas lutas, que era contra as injustiças dos poderosos, que pregava um mundo melhor, o Reino de Deus, já aqui na Terra... Aprendemos que o que Deus mais quer de nós, seus filhos, e o que Jesus nos ensinou - tá lá na oração do Pai Nosso - é que devemos estar unidos, organizados, solidários, denunciando as injustiças e lutando para as coisas melhorarem. Foi em Guaianases que passamos a participar de uma comunidade, que era a célula da Igreja ali na vila e que chamávamos Comunidade Eclesial de Base. Onde a gente lia uma vez por semana a Bíblia em uma roda de participantes e refletíamos sobre o que aquela mensagem nos trazia para os dias de hoje. Na missa aos domingos o padre arrematava aquilo que refletíamos. Foi ali que vi meu pai, que era Vicentino, arrecadando alimentos para os mais pobres do bairro e para enviar para os trabalhadores que estavam em greve no ABC; que recebemos o chamado do bispo e dos padres para irmos com eles sentar nos trilhos da CPTM a exigir que o governo colocasse porteiras e cancelas em algumas passagens para impedir os atropelamentos e mortes dos transeuntes que passavam por cima dos mesmos para se deslocar de um ponto ao outro; que passávamos um abaixo-assinado para protestar contra a carestia que estava insuportável e fazendo muitos passarem fome... Quando eu me mudei para a Cohab I, em Itaquera, fomos à Igreja e logo fomos convidados a participar das pastorais - saúde, idosos, jovens etc - ou algum grupo de serviços. Eu, meu irmão e minha irmã caçula começamos a frequentar as reuniões da Pastoral da Juventude e ali sempre uma leitura bíblica e outra de um tema da realidade. Refletíamos, dávamos nossas opiniões, escutávamos a opinião dos colegas e logo queríamos partir para alguma atividade concreta para colocar em prática o que aprendíamos coletivamente. Foi aí que fui me politizando e, observando e já vivendo os problemas do povo (desemprego, falta de direitos básicos, o autoritarismo dos governos etc), junto com os mais velhos é que comecei a participar da formação da Associação dos moradores, do núcleo do PT e depois, na construção da Igreja, a fundar e escrever um jornalzinho local e dedicar 4 anos da minha vida profissional como Agente de Pastoral Leigo da Arquidiocese. Foi minha fé religiosa que me levou à participação política na sociedade. Bom, anos depois, o Vaticano interviu na Igreja aqui de São Paulo e mudou bastante a linha pastoral, mas a Teologia da Libertação, que é uma forma de se entender as mensagens de Deus e de Jesus, seu Filho, presentes na Bíblia, ainda permanecem fortes na orientação de muitos padres, religiosos e leigos por aí a fora. 




2 comentários:

  1. É um belo relato de seguidor da palavra do Mestre Jesus que sempre pregou a humildade e a fraternidade entre os povos, coisa que hoje está dificil de se ver no contexto atual, quando religiões derivadas do cristianismo apoiam um senhor que não se condói da dor da perca de um ente de sua família, acreditam que devemos andar armados para nossa proteção. O Mestre fez a maior revolução sem usar a violência contra o povo

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  2. Linda História do Amigo e Companheiro Simão Pedro, tive o privilégio de trabalhar com Ele por 15 anos e aprendi há admiralo pela sua generosidade, pelo seu comprometimento com a população Carente e na luta por uma Sociedade mais justa e igualitária.....e todo esse comportamento deve-se pela sua educação católica...

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